Este site usa cookies para fornecer nossos serviços, melhorar o desempenho, para análises e (se não estiver conectado) para publicidade. Ao usar o LibraryThing, você reconhece que leu e entendeu nossos Termos de Serviço e Política de Privacidade . Seu uso do site e dos serviços está sujeito a essas políticas e termos.
As London is emerging from the shadow of World War II, writer Juliet Ashton discovers her next subject in a book club on Guernsey--a club born as a spur-of-the-moment alibi after its members are discovered breaking curfew by the Germans occupying their island.
Caramellunacy: Both stories are bittersweet - tales of hardship, prejudice and hope although they are set in very different places and very different times. Fried Green Tomatoes jumps around but describes life, race relations and murder in a small Southern town during the Great Depression. Shaffer's novel deals with the occupation (and its aftermath) of the small Channel Island of Guernsey during WWII.… (mais)
Usuário anônimo: Both novels reflect on World War II from small, seaside towns, one an island in Europe, the other a small town in Cape Cod. The female leads are unique and interesting and are surrounded by great small town people.
jill123: Though they are different in style and tone, both books are set in the Channel Islands during the Nazi Occupation. I enjoyed the Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society, but I found Ebenezer Le Page to be an absolutely wonderful book. More complex and interesting than the Potato Peel Society.… (mais)
BasilBlue: Although written in a more elegantly sparse style, this book covers much the same territory, geographically and emotionally.
nillacat: A deeper, darker portrait of Guernsey through the fictional autobiography of a unique, difficult, yet attractive character from the end of the 19th century through the two world wars and into the 1960s.
Voracious_Reader: The writing styles and the authors' love for the written word connect both period pieces in my mind even though their plots are extremely different.
vulgarboatman: Similar themes of a journalist discovering the layers of secrets around a mystery from WWII, along with an exploration of the effect of these events on the survivors, their families, and ultimately on the journalist herself.
BookshelfMonstrosity: Going in to the bookmobile to apologize for the disturbance created by one of her corgis, Queen Elizabeth II feels it would only be polite to check out a book. When she returns it, she checks out another . . . and then another. One of her pages becomes her abettor in the matter of securing books and reading them. Thus begins an amusing but also thought-provoking saga of how reading can change a person's habits and even outlook.… (mais)
bell7: Though one is set in contemporary times on a fictional island of the coast of Massachusetts and the other in post World War II England, both books show the importance of story and have an optimistic tone while dealing with some of life's challenges.
BookshelfMonstrosity: A love of literature helps protagonists form unlikely but rewarding new relationships in these tender stories of personal redemption. The vibrant characterization, gently humorous tone, and whimsical, heartwarming narratives shine in compelling novels that illustrate the power of reading.… (mais)
betsytacy: This YA novel, set in 1936, features 16-year-old Sophie, a royal orphan growing up with her siblings and cousin in a shabby castle on island kingdom of Montmaray, somewhere off the coast of England. The island's strategic location draws the interest of the Nazis.… (mais)
Decidi finalmente ler A sociedade literária e a torta de casca de batata, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows (Rio de Janeiro: Rocco, 2009, 304p.), após ouvir amigos e colegas elogiarem algumas vezes o romance. E, bem, se você trabalha com livros e não dá ouvidos ao que seus colegas de profissão dizem sobre as leituras que estão fazendo, das duas uma: ou você tem um plano totalmente seu, rigorosamente independente, de leitura, ou é um chato de galochas — em ambos os casos, não sabe o que está perdendo…
Engraçado é que, deixado à própria sorte, o livro pode simplesmente passar despercebido, sumir em meio à babélia das livrarias. Isto porque ao folhear rapidamente ou dar uma espiada nas orelhas de A sociedade literária… você talvez se veja encurralado pela simplória mas irresistível pergunta “Mais um romance sobre a Segunda Guerra Mundial?” e passe adiante.
Poderíamos começar respondendo para nós mesmos que enquanto nascerem seres humanos, surgirão com eles, dia após dia, novos e talvez tão ou mais interessantes pontos-de-vista sobre questões do passado. Outros seriam ainda mais contundentes e lembrariam que apenas no dia em que pudermos honestamente dizer que nenhum conflito armado deixa suas lamentáveis marcas sobre a Terra, somente nesse dia poderemos dizer sem risco de engano que talvez seja mesmo desnecessário revisitar antigos conflitos atrás de lições. O caso pede uma abordagem mais serena: afinal, A sociedade literária… defende a si mesmo de forma mais do que competente.
A sociedade literária… é, como o próprio título sugere, um livro sobre livros, sobre o amor à leitura, sobre o poder dos livros e das histórias de elevarem o espírito humano e de, no extremo, darem sentido à nossa existência. É, sim, uma obra sobre a Segunda Guerra Mundial, mas para começo de conversa, o centro da ação não se passa em nenhuma capital européia, nem no front russo ou japonês. O palco é Guernsey, uma das ilhas do Canal da Mancha que fazem parte do Império Britânico e que permaneceram ocupadas pelos alemães (completamente isoladas do mundo) durante cinco anos. A mudança de foco geográfico, por si só, já traz um frescor à trama, colocando em evidência personagens, paisagens e situações que não estamos acostumados a ver em romances históricos sobre o período.
Estamos em 1946. A guerra acabou há pouco mais de um ano, e o cenário ainda é de desespero e destruição; indivíduos e famílias tentam se reerguer, procurando superar as atrocidades que viveram ou presenciaram, e tentando esquecer as vidas que deixaram para trás, os familiares que jamais reencontrarão. Somos apresentados a Juliet Ashton, jovem escritora em ascensão, que durante a guerra assinou uma coluna em um grande jornal inglês encarnando uma correspondente que preferia guardar um olhar otimista e bem-humorado sobre o horror que assolava o mundo. Ciente de que seu trabalho ajudou muitos a enxergarem uma luz no fim do túnel durante os momentos mais sombrios, Juliet, contudo, está cansada e quer novos rumos para sua carreira. Durante uma turnê de divulgação do livro que reuniu suas colunas, a escritora recebe uma inesperada carta de um certo Dawsey Adams, residente de Guernsey, que diz ter chegado à autora por ter adquirido um livro usado que pertencera a Juliet (e que continha seu nome e endereço numa das capas). Dawsey escreve porque adorou o livro e gostaria de saber mais sobre seu autor. Dessa aparentemente simples demanda nasce uma intensa troca de correspondências que conduzirá toda a história e nos apresenterá seus personagens. Pelas cartas, conheceremos um grupo de fazendeiros (do qual Dawsey faz parte) que a princípio pouco sabem uns dos outros, mas que a Ocupação Nazista obrigará a se aproximar. Gente humilde, simples, cheia de dignidade e vontade de viver. É graças a esse apego à vida (que leva inclusive à subversão) que o grupo vivencia um episódio que transformará cada um dos envolvidos. Como consequência, surgirá a Sociedade Literária do título. Podemos dizer que a explicação completa sobre a fundação da sociedade — bem como o porque do “Torta de casca de batata” — é um dos grandes trunfos do romance, e portanto o guardaremos para que cada um o saboreie a seu tempo.
Mary Ann Shaffer, falecida em 2008, sem ver o enorme sucesso que seu livro alcançaria em todo o mundo, teve uma vida dedicada aos livros: foi bibliotecária, livreira e editora. Assim, não poderia mesmo ter deixado o planeta sem acrescentar à infinita biblioteca da humanidade uma obra que levasse sua assinatura. Annie Barrows, autora de livros infantis (nenhum deles traduzido no Brasil até o momento), sobrinha de Mary Ann, foi a responsável pela conclusão da obra, quando sua tia adoeceu.
A dupla criou um daqueles livros que, quando percebemos que as páginas vão chegando ao fim, começamos a ler mais lentamente porque já antecipamos a dor de ter de fechar as capas e retirar-nos da história. Que tenham conseguido fazer isso escrevendo sobre um tema pretensamente já tão visitado constitui um feito digno de ser divulgado.
"The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society," written by the late Mary Ann Shaffer and her niece, children's author Annie Barrows, stays within modest bounds, but is successful in ways many novels are not. This book won't change your life, but it will probably enchant you. And sometimes that's precisely what makes fiction worthwhile.
The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society commemorates beautiful spirits who pass through our midst and hunker undercover through brutal times. Shaffer's Guernsey characters step from the past radiant with eccentricity and kindly humour, a comic version of the state of grace. They are innocents who have seen and suffered, without allowing evil to penetrate the rind of decency that guards their humanity.
You could be skeptical about the novel's improbabilities and its sanitized portrait of book clubs (doesn't anyone read trashy thrillers?), but you'd be missing the point. The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society is a sweet, sentimental paean to books and those who love them.
Informação do Conhecimento Comum em inglês.Edite para a localizar na sua língua.
Lovingly dedicated to my mother, Edna Fiery Morgan, and to my dear friend Julia Poppy —M. A. S. And to my mother, Cynthia Fiery Barrows —A. B.
Primeiras palavras
Informação do Conhecimento Comum em inglês.Edite para a localizar na sua língua.
8th January, 1946
Mr. Sidney Stark, Publisher Stephens & Stark Ltd. 21 St. James's Place London S.W.1 England
Dear Sidney,
Susan Scott is a wonder. We sold over forty copies of the book, which was very pleasant, but much more thrilling from my standpoint was the food. Susan managed to procure ration coupons for icing sugar and real eggs for the meringue. If all her literary luncheons are going to achieve these heights, I won't mind touring about the country. Do you suppose that a lavish bonus could spur her on to butter? Let's try it—you may deduct the money from my royalties.
Citações
Informação do Conhecimento Comum em inglês.Edite para a localizar na sua língua.
Reading good books ruins you for enjoying bad books. - Isola Pribby
Men are more interesting in books than they are in real life. - Isola Pribby
Perhaps there is some secret sort of homing instinct in books that brings them to their perfect readers. How delightful if that were true. - Juliet
I can't think of anything lonelier than spending the rest of my life with someone I can't talk to, or worse, someone I can't be silent with. - Juliet
I think you learn more if you're laughing at the same time. - John Booker
This obsession with dignity can ruin your life if you let it. - Juliet
That's what I love about reading: one tiny thing will interest you in a book, and that tiny thing will lead you onto another book, and another bit there will lead you onto a third book. It's geometrically progressive -- all with no end in sight, and for no other reason than sheer enjoyment.
None of us had any experience of literary societies, so we made our own rules: we took turns to speak about the books we'd read. ... the purpose of the speakers was to goad the listeners into wanting to read the book themselves. Once two members had read the same book, they could argue, which was our great delight. We read books, talked books argued over books ...
Dr. Stubbins pronounced that you alone had transformed "distraction" into an honorable word - instead of a character flaw.
Sidney is having a grand time as Isola's houseguest. They apparently sat up late talking last night. Isola doesn't approve of small talk and believes in breaking the ice by stamping on it.
Will said ... Miss Beddoes wasn't a good kisser and he for one was tired of kissing her, even for Sweet Charity's sake.
Dawsey's barn is exceedingly clean. He also stacks his hay beautifully.
Isola is better than a stalking horse.
Últimas palavras
Informação do Conhecimento Comum em inglês.Edite para a localizar na sua língua.
P.S. I ran into Adelaide Addison in St Peter Port today. By way of congratulation, she said, "I hear you and that pig-farmer are about to regularize your connection. Thank the Lord!"
As London is emerging from the shadow of World War II, writer Juliet Ashton discovers her next subject in a book club on Guernsey--a club born as a spur-of-the-moment alibi after its members are discovered breaking curfew by the Germans occupying their island.
Engraçado é que, deixado à própria sorte, o livro pode simplesmente passar despercebido, sumir em meio à babélia das livrarias. Isto porque ao folhear rapidamente ou dar uma espiada nas orelhas de A sociedade literária… você talvez se veja encurralado pela simplória mas irresistível pergunta “Mais um romance sobre a Segunda Guerra Mundial?” e passe adiante.
Poderíamos começar respondendo para nós mesmos que enquanto nascerem seres humanos, surgirão com eles, dia após dia, novos e talvez tão ou mais interessantes pontos-de-vista sobre questões do passado. Outros seriam ainda mais contundentes e lembrariam que apenas no dia em que pudermos honestamente dizer que nenhum conflito armado deixa suas lamentáveis marcas sobre a Terra, somente nesse dia poderemos dizer sem risco de engano que talvez seja mesmo desnecessário revisitar antigos conflitos atrás de lições. O caso pede uma abordagem mais serena: afinal, A sociedade literária… defende a si mesmo de forma mais do que competente.
A sociedade literária… é, como o próprio título sugere, um livro sobre livros, sobre o amor à leitura, sobre o poder dos livros e das histórias de elevarem o espírito humano e de, no extremo, darem sentido à nossa existência. É, sim, uma obra sobre a Segunda Guerra Mundial, mas para começo de conversa, o centro da ação não se passa em nenhuma capital européia, nem no front russo ou japonês. O palco é Guernsey, uma das ilhas do Canal da Mancha que fazem parte do Império Britânico e que permaneceram ocupadas pelos alemães (completamente isoladas do mundo) durante cinco anos. A mudança de foco geográfico, por si só, já traz um frescor à trama, colocando em evidência personagens, paisagens e situações que não estamos acostumados a ver em romances históricos sobre o período.
Estamos em 1946. A guerra acabou há pouco mais de um ano, e o cenário ainda é de desespero e destruição; indivíduos e famílias tentam se reerguer, procurando superar as atrocidades que viveram ou presenciaram, e tentando esquecer as vidas que deixaram para trás, os familiares que jamais reencontrarão. Somos apresentados a Juliet Ashton, jovem escritora em ascensão, que durante a guerra assinou uma coluna em um grande jornal inglês encarnando uma correspondente que preferia guardar um olhar otimista e bem-humorado sobre o horror que assolava o mundo. Ciente de que seu trabalho ajudou muitos a enxergarem uma luz no fim do túnel durante os momentos mais sombrios, Juliet, contudo, está cansada e quer novos rumos para sua carreira. Durante uma turnê de divulgação do livro que reuniu suas colunas, a escritora recebe uma inesperada carta de um certo Dawsey Adams, residente de Guernsey, que diz ter chegado à autora por ter adquirido um livro usado que pertencera a Juliet (e que continha seu nome e endereço numa das capas). Dawsey escreve porque adorou o livro e gostaria de saber mais sobre seu autor. Dessa aparentemente simples demanda nasce uma intensa troca de correspondências que conduzirá toda a história e nos apresenterá seus personagens. Pelas cartas, conheceremos um grupo de fazendeiros (do qual Dawsey faz parte) que a princípio pouco sabem uns dos outros, mas que a Ocupação Nazista obrigará a se aproximar. Gente humilde, simples, cheia de dignidade e vontade de viver. É graças a esse apego à vida (que leva inclusive à subversão) que o grupo vivencia um episódio que transformará cada um dos envolvidos. Como consequência, surgirá a Sociedade Literária do título. Podemos dizer que a explicação completa sobre a fundação da sociedade — bem como o porque do “Torta de casca de batata” — é um dos grandes trunfos do romance, e portanto o guardaremos para que cada um o saboreie a seu tempo.
Mary Ann Shaffer, falecida em 2008, sem ver o enorme sucesso que seu livro alcançaria em todo o mundo, teve uma vida dedicada aos livros: foi bibliotecária, livreira e editora. Assim, não poderia mesmo ter deixado o planeta sem acrescentar à infinita biblioteca da humanidade uma obra que levasse sua assinatura. Annie Barrows, autora de livros infantis (nenhum deles traduzido no Brasil até o momento), sobrinha de Mary Ann, foi a responsável pela conclusão da obra, quando sua tia adoeceu.
A dupla criou um daqueles livros que, quando percebemos que as páginas vão chegando ao fim, começamos a ler mais lentamente porque já antecipamos a dor de ter de fechar as capas e retirar-nos da história. Que tenham conseguido fazer isso escrevendo sobre um tema pretensamente já tão visitado constitui um feito digno de ser divulgado.
[ http://oqueijoeosvermes.wordpress.com/2010/02/19/sobre-guerra-livros-e-tortas/ ] ( )