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Carregando... A Última Feiticeira (2005)de Sandra Carvalho
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Registre-se no LibraryThing tpara descobrir se gostará deste livro. Ainda não há conversas na Discussão sobre este livro. Tenho acompanhado escritores de fantasia portugueses. São poucos mas bons e precisa-se. Considero um caso de "O que é nacional é bom". O livro lê-se bem e tem sempre a típica exposição do mundo e das situações, coisa que português faz bem. Quando feito bem e não se alonga muito, agradeço sempre. Infelizmente não me consegui identificar muito com as personagens e achei a historia muito Preto vs Branco, coisa que nunca me disse muito a um nivel extremamente pessoal e já não lia desde as Crónicas de Allarya, que no momento, de facto, adorei. Não sei se é por ser do sexo masculino que tal não aconteceu, mas se calhar estaria a ser algo sexista, visto que um amante de fantasia explora bastante e obras estranjeiras como As Crónicas de Gelo e Fogo apresentam personagens femininas adoradas por todos os tipos de pessoas, incluindo eu. Não estou a fazer comparações, apenas a afirmar a identificação com personagens, mas continuo a ser sincero: as personagens não me pegaram. Não discerni ainda se li isto numa má altura, ou com uma mente pouco aberta mas confesso que esperava outra coisa. Não esperava Fantasia Negra, mas também não esperava tanta...vou chamar-lhe previsibilidade (esta palavra existe. certo?) Embora não traga grande opinião em relação ao livro prefiro afirmar que escritores como Sandra Carvalho e Filipe Faria (p. nomear 2) e obras como esta querem-se mais e procura-se! Bons escritores e entendem-se bem, e não usam palavras caras so porque sim. As primeiras coisas primeiro: nunca pensei que chegasse o dia em que ia ler fantasia com a etiqueta made in Portugal, a ideia parecia-me tão estranha como ouvir um fado em espanhol. De facto a minha ignorância neste campo é muita, porque nem sei se o fantástico existia na literatura portuguesa antes da própria Sandra Carvalho, do Filipe Faria e do Ricardo Pinto – cujo trabalho desconheço. Depois ainda havia aquele pormenor a que vários leitores faziam referência, de que esta Saga das Pedras Mágicas tinha várias parecenças com a obra-prima daquela que é a minha autora de eleição -e que toda a gente já tem os ouvidos a sangrar de saber- Juliet Marillier, a série Sevenwaters – e se isto se confirmasse, eu tinha a certeza que ia sair por aí histérica a gritar, Acudam que é plágio! No entanto posso assegurar que isto não vai acontecer, porque ainda que as semelhanças estejam lá, não vi caso para alarme. Adiante. Ora então, a história é contada na primeira pessoa pela heroína, Catelyn, que até cerca de metade do livro é ainda uma criança muito pertinaz, rebelde, e um bocadinho mimada já que é a mais nova de uma extensa família, pela qual ela nutre uma adoração sem limites. Mas a desgraça abate-se sobre estas personagens bem cedo, com a mãe de Catelyn a morrer e uma desgraçada de seu nome Myrna a apertar o cerco para tomar o seu lugar. Segue-se muita discórdia entre todos os membros da família, e que Catelyn tenta em vão apaziguar, enquanto faz preparos para desmascarar a vilã. Entretanto mais desgraças acontecem e ela é mandada para a casa do noivo que odeia, e que é aliado de Myrna – sendo nesta altura, quando tudo parece perdido, que chegam os Viquingues, e que Catelyn é levada para o outro lado do mar, para entre outras coisas, sofrer mais um bocadinho, mas agora como escrava. E claro que gostei d’ A Última Feiticeira. Nunca há um momento chato na narrativa, havendo sempre qualquer coisa a acontecer com a heroína ou à volta dela. A autora é claramente uma contadora de histórias, com aptidão para descrever seja lá o que for sem aborrecer o leitor, ainda que os diálogos deixem algo a desejar (more on that later). Gostei bastante mais da “segunda parte” do livro, depois que Catelyn é levada pelos Viquingues, tanto por ela já ser mais adulta e sensata, mas também porque apreciei bastante as descrições do estilo de vida daquele povo. Outro ponto forte da história, para mim, são os poderes de Catelyn, que espero virem a ter mais protagonismo nos volumes seguintes. Tal como referi antes, ainda que tenha gostado da narração, achei que os diálogos tinham uma estranheza qualquer que não consigo explicar, sendo que a maior agravante disto é o uso exaustivo de pontos de exclamação, que na maioria dos casos parece-me completamente prescindível – palavra de honra que não estou a exagerar quando digo que quase sempre, toda a gente, seja em que situação de diálogo for (e não só), acaba uma frase a exclamar. Pode parecer que estou a ser mesquinha ao pôr um foco de luz sobre isto, mas o facto é que as exclamações constantes distraíam-me sempre do resto. E pronto, é tudo. Claro que não posso deixar de querer ler o próximo volume da saga, uma vez que este acaba de uma maneira tão abrupta e ainda por cima deixando tudo em aberto. http://cuidadocomodalmata.wordpress.com/2011/02/28/a-ultima-feiticeira/ sem resenhas | adicionar uma resenha
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O inicio lembra muito o livro [b:A Filha da Floresta|3223474|A Filha da Floresta (Trilogia de Sevenwaters, #1)|Juliet Marillier|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1389305337l/3223474._SY75_.jpg|1897725] mas à medida que a história se vai desenrolando, os caminhos das personagens divergem (e ainda bem) da saga da Juliet.
O que gostei:
- A escrita é fluída e a Sandra deixa-nos com vontade de saber o destino das personagens e a conclusão da história.
- Gostei particularmente dos irmãos da Catelyn e gostava de poder acompanhar as suas aventuras.
O que não gostei:
- Achei toda a componente da magia muito vaga o que não me permitiu visualizar o seu funcionamento. Senti que havia muito potencial para explorar a magia e o desenvolvimento das capacidades da Catelyn que foi subaproveitado.
- Por vezes senti que a escrita era pouco clara e tive de reler para ver o que me tinha escapado. Isto aconteceu por exemplo no evento que leva a que a Catelyn fique sem voz.
- A autora opta por descrever toda a ação, incluindo o que as personagens estão a dizer, e creio que a história poderia ter beneficiado de mais diálogos entre as personagens.
- Há algumas referências muito depreciativas relativas ao que eu interpretei como homossexualidade (poderia ser pedofilia, mas num mundo onde as raparigas podem casar assim que menstruam com homens com o dobro da idade, fica pouco claro a linha que define a pedofilia). Estas referências não adicionam nada à história pelo que a sua exclusão teria evitado possíveis más interpretações.
- Infelizmente não gostei nada do Throst. Sendo ele o par romântico de Cat, temo que possa não gostar da sequela.
Apesar das limitações que apontei, fiquei com vontade de ler o segundo livro da Saga.
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