Os eternos elogios a esta teleplay, inflamados, são talvez respostas pavlovianas ao quociente politicamente correto do texto de Reginald Rose, cuja falha mais óbvia é a seguinte: jurados na vida real não podem levar à sala do juri suas próprias experiências, nem considerar evidências não apresentadas no julgamento. Se , porém, este júri tivesse agido de acordo com o procedimento legal correto, não teria havido fundamento para a trama. Nenhum drama, nenhuma catarse. Um tema intrigante nem sempre resulta em um clássico. Como se deve chamar um texto que inclui personagens clichês e implausíveis e uma reviravolta previsível (uma votação de 11 contra 1 mudando para 0 contra 12!)? Os júris existem para permitir que a letra fria da lei seja eventualmente contornada ou temporariamente suspensa. É disso que se trata TwelveAngry Men. Um juiz pode absolver um réu suspeito por falta de provas. Um júri pode condená-lo por "sentir a" culpa dele. A instituição do júri foi, portanto, uma forma histórica de "humanizar" as ações judiciais. Se os jurados fossem tão unidimensionais, estúpidos e fáceis de persuadir, os tribunais certamente deveriam mantê-los à distancia. ( )