Entre a Agripina de Grimal e a Agripina de Seomara há diferenças de forma, não de conteúdo. Se no conteúdo houvesse diferenças, a vantagem seria de Grimal, pois possui uma grande erudição sobre o assunto e não perde uma oportunidade dela fazer uso. Porém, isso teve peso na forma, pois ficando tão preso às fontes que restam sobre Agripina, nomeadamente Tácito, que são desfavoráveis aos Júlio – Cláudios de um modo geral e a Agripina em particular, resulta um retrato menos humano de Agripina, menos empático que a Agripina de Seomara. Esta, vendo para além das fontes, descontando as intenções de maledicência das referidas fontes, usa de uma liberdade literária do que resulta uma obra menos rigorosa, mas literariamente melhor conseguida.
Seria interessante ler ambas as obras sucessivamente ou, melhor ainda, simultaneamente, para melhor constatar as virtudes de cada uma. ( )

Con esta obra, Pierre Grimal nos ofrece una magnífica visión sobre la naturaleza del poder en el turbio período comprendido entre el reinado de dos de los empreradores más crueles de Roma: Tiberio y Nerón.

Buena novela histórica ( )