A boa história, espontânea, prende a atenção. Pretende ser um tipo de melodrama de suspense do tipo hitchcockiano, que infelizmente exigiria mais sutileza e engenho. King dosa o nível certo de tensão física, na maior parte do thriller enfatizando os duelos mentais entre os 2 protagonistas Paul e Annie, que tentam se enganar todo o tempo. Do início ao fim angustiante, cria-se um clima de ódio peculiar e memorável. Mas as ideias perdem-se no tratamento pesado e no tom certamente repelente. Misery vai ficando cada vez mais desagradável. Transforma-se num jogo psicótico de gato e rato, com choques genuínos e um falacioso buraco anedótico no enredo, no final. ( )