Minha nota não mudou em relação ao primeiro livro, mas os problemas mudaram.

Os capítulos da Essun aqui continuam em primeira pessoa, mas a ela se torna mais "gostável". Eu simpatizei mais com ela aqui então esses capítulos ficaram mais palatáveis.

Os capítulos da Nassun que foram o problema para mim nesse livro. Tanto coisa interessante acontecendo com a Essun e de repente a gente é puxado para o marasmo do POV da Nassun, só não é uma perda total por causa da aflição de ver uma personagem tão poderosa nas mão mãos do inimigo.

Aliás, esse é outro problema, há personagens poderosos em excesso: Essun, Nassun, os três comedores de pedra mais antigos. No primeiro livro tínhamos Alabaster e só, o que deixava as coisas equilibradas. E como Nassun pode ser tão poderosa? Essum meio que impôs a ela o mesmo treinamento do Fulcro, criando as mesmas amarras que ela tinha, mas Nassum decidiu pensar em fazer diferente e assim se transformou numa personagem super forte. Achei forçado. Ela foi bem treinada em orogenia, mas não em magia.

A magia é outro problema. Até o primeiro livro, o sistema de magia fazia sentido, e aqui a autora resolve adicionar algo que ela chama de magia que não faz nenhum sentido e quebra um sistema de magia que era bom.

Eu daria uma nota menor, mas nesse livro muita coisa é explicada que faz a gente entender melhor o universo e os problemas pelos quais a Quietude está passando, então é um livro, no geral, tão bom quanto o primeiro.

P.S.: Eu achei que o Portão do Obelisco fosse ser algo mais, digamos, palpável, e não algo abstrato como foi na história. ( )